| 
                   Foto:  https://br.images.search.yahoo.com/ 
                    
                  JOSE ENRIQUE VIAÑA 
                  ( Bolívia – Potosi ) 
                  (  1899 – 1969 ) 
                    
                  Nasceu  no limite entre Oruro e Potosí; viveu em ambas cidades e em La Paz,  desempenhando cátedras de literatura, dirigindo escolas, regendo a Divisón de  Extensión Cultural de la Universidad "Tomásio Frías" de Potosí. 
                    Iniciou-se nas minas como peão até ser chefe, onde conheceu as penúrias do  homem do subsolo. 
                    Formou com Armando Alba, Gamaliel Churata, Walter Dalunce M., Carlos  Medinacelli, Alaberto Saavedra Nogales e outros intelectuais o Grupo Gesta  Bárbara que era o núcleo fecudo da cultura em Potosí. Seguiu uma infatigável trajetória  literária e docente. 
                    Recebeu o Prêmio Nacional de Cultura de 1970 e antes várias distinções por seus  poemas subjetivos, sinceros e de conteúdo social. 
                  Publicou "Jardim Secreto", 1919, contos; "Cuando vibraba  la Entraña de Plata", novels, 1935; "El Telar del Crepusculo", 1968 E "La Sed  Inextinguible", 1970. Edição póstuma feita por Aurora Valda,  admirável mulher e professora, digna esposa do escritor. 
                  TEXTO  EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesía boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm                                  Ex. bibl. Antonio Miranda 
                   
                    
                  ROMANCE DE LA CASONA 
                     
                    Bajo la grave mirada 
                      de las montañas severas 
                      está la antigua casona 
                      de la finca montañesa. 
                      Estas montañas bravías, 
                      en huequecito de mano 
                      parece que sostuvieron, 
                      como un milagro perpetuo, 
                      a esta casona señera. 
                      ¿Yo te bendigo casona 
                        de la hacienda montañesa, 
                        donde se vierten las mieles 
                        de su corazón de piedra, 
                        que sólo el alma del hombre 
                        es mala sobre la tierra! 
   
                         
                          MANCHA 
                           
                          Hacia la tarde mendiga, 
                          crucificada en los pinos, 
                          desflora su tedio esclavo 
                          y lo hace hondazo el frío 
                          para cubrir de khewayllus *1 
  la soledad del camino 
    que desciende de los montes 
    y se va en busca del río… 
    Y mi alma hermana del cardo, 
    que sueña con viejos riscos, 
    bajo el ala de la vida 
    sigue, en la tarde… ¡conmigo! 
  
                    
                  OBREROS 
                     
                    Los voy viendo pasar, con lento  paso, 
                      mordidos de miseria, 
                      dolidos de cansancio… 
                      Pobres trajes raídos 
                      sobre sus pobres huesos 
                      para engañar al frío… 
                      La coca, alucinante, 
                      dentro de mugrientas "ch´uspas"  
                      para engañar al hambre… 
                      Lujosa está de estrellas 
                      esta noche de invierno… 
                      ¡Hermosa  noche si no hubiesen penas! 
                        Si los humildes hombres 
                        no sintieran el frío que entumece 
                        ni el hambre que corroe… 
                        Los voy viendo pasar, con lento paso, 
                        con animal indiferencia; 
                        parece que no sufren… Sin embargo 
                        en sus estrechas frentes, 
                        dentro de sus turbios ojos, 
                        enraíza la planta que mañana 
                        dará su fruto de odios…  
                    
                    
                  TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                  Tradução de Antonio  Miranda 
                    
                  ROMANCE DA CASONA 
                     
                    Sob  a grave mirada 
                      das montanhas severas 
                      está a antiga casona 
                      da fazenda montanhosa. 
                      Estas montanhas bravias, 
                      no buraquinho da mão 
                      parece que se sustentaram, 
                      como um milagre perpétuo, 
                      a esta casona primordial 
                      Eu te bendigo casona 
                        da fazenda montanhosa, 
                        onde se converte o mel 
                        de seu coração de pedra, 
                        que somente a alma do homem 
                        é má sobre a terra terra! 
   
                         
                          MANCHA 
                             
                            Até a tarde mendiga, 
                            crucificada nos pinheiros, 
                            desflora seu tédio escravo 
                            e o transforma em golpe o frío 
                            para cobrir de khewayllus *1 
  a solidão do caminho 
    que desce dos montes 
    e vai em busca do rio… 
    E minha alma irmão do cardo, 
    que sonha com velhos riscos, 
    debaixo da asa da vida 
    segue, na tarde… comigo!  
                    
                  *1  ¿??   Não encontramos o significado… 
                    
                  OBREIROS 
                     
                    Vou  vendo-os passar, con lento passo, 
                      mordidos de miséria, 
                      doídos pelo cansaço… 
                      Pobres trajes ruídos 
                      sobre seus pobres ossos 
                      para enganar o frio… 
                      A coca, alucinante, 
                      dentro de imundas "ch´uspas" *1 
                        para enganar a fome… 
                        Luxuosa está de estrelas 
                        esta noite de inverno… 
  Formosa noite se não existissem penas! 
    Se os humildes homens 
    não sentissem o frio que entorpecem 
    nem a fome que corrói… 
    Vou vendo-os passar, com lento passo, 
    com animal indiferença; 
    parece que não sofrem… No entanto 
    em suas estreitas faces, 
    dentro de seus turvos olhos, 
    enraíza a planta que amanhã 
    dará seu fruto de ódio… 
                    
                  *1  Não  encontramos o significado na internet... 
                    
                  VEJA e LEIA outros poetas de BOLÍVIA em nosso  Portal: 
                    
                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                   
                  Página  publicada em setembro de 2022 
                
  |